“Nem todos os que vagueiam estão perdidos.” — J.R.R. Tolkien
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‘O Hobbit’ completa 80 anos
Leia crítica escrita por C.S. Lewis em 1937. Autor de ‘Crônicas de Nárnia’ era amigo pessoal de J.R.R. Tolkien

RIO — Há exatos 80 anos, o escritor britânico J.R.R. Tolkien, autor da série de livros “O Senhor dos Anéis”, publicava “O Hobbit”, embrião da famosa saga de Frodo, que se tornaria um dos trabalhos mais populares da literatura do século XX. O livro de 1937 tem como personagem principal o hobbit Bilbo Bolseiro, tio de Frodo responsável por entregar ao sobrinho o Anel de Sauron — gesto que dá início à jornada contada pela trilogia. A publicação de “O Hobbit” é permeada de curiosidades, que vão desde as mudanças que “O Senhor dos Anéis” provocou em sua história original até as críticas que recebeu após ser publicado.
Lema do SuperANDARILHO:
“Nem todos os que vagueiam estão perdidos.” — J.R.R. Tolkien
Nem todos os que vagueiam estão perdidos.
Concerning Hobbits by Blinck
O Hobbit (J.R.R. Tolkien)
“O Hobbit” foi, de muitas maneiras, o estopim para que os mundos fantásticos criados pela imaginação de Tolkien pudessem chegar até nós. O livro, que surgiu como uma simples história para dormir contada pelo autor para seus filhos, se tornou um grande sucesso de público e crítica quando foi lançado em 1937. Encorajado por esse êxito, Tolkien começou a escrever uma seqüência para “O Hobbit”, que eventualmente se tornaria “O Senhor dos Anéis”.
O protagonista do livro é o hobbit Bilbo Baggins, um dos mais respeitáveis e pacatos habitantes da Vila dos Hobbits. Bilbo, entretanto, tem sua vidinha tranqüila virada do avesso quando, certa manhã, o grande mago Gandalf aparece na soleira de sua porta. Junto com treze anões – Thorin Escudo de Carvalho e seus doze companheiros – Gandalf convoca um relutante Bilbo para uma perigosa aventura: viajar até Erebor, a Montanha Solitária no distante Leste, destruir o terrível dragão Smaug e recuperar o tesouro do Reino sob a Montanha, roubado por Smaug e que pertencera aos antepassados de Thorin.
Como romance de aventura, “O Hobbit” é fantástico – viagens por florestas tenebrosas, encontros com lobos selvagens, grandes batalhas e atos de heroísmo, tudo permeado pela evolução da personalidade de Bilbo, que se transforma de hobbit tímido em aventureiro experiente. Além disso, porém, “O Hobbit” é também prelúdio para “O Senhor dos Anéis”, tanto através dos vislumbres das antigas lendas da Terra-média – Elrond, Gondolin, Moria, o Necromante – quanto através do aparecimento do Anel, o elo entre a aventura de Bilbo e os grandes eventos do final da Terceira Era. Não é à toa que o sisudo jornal londrino The Times considerou “O Hobbit” como “uma obra-prima sem retoques”.