Depois de algumas tentativas frustradas de desvendar o labirinto que é a Medina da cidade imperial de Fez, chegamos à conclusão que a ajuda de um guia seria essencial

Fez, sábado, 5 de novembro de 2016 (9° dia de viagem).
TOUR COM SALIM
Conforme combinado no dia anterior, hoje fizemos um tour de mais ou menos 3h com Salim, um marroquino que conhecemos na porta do hotel. Depois de morar algum tempo na Espanha e em Portugal, ele falava suficientemente bem ambos os idiomas (a esposa portuguesa certamente ajudou!).
Como companhia, tivemos dois portugueses, Sandra e Filipe. Conhecemos os principais pontos turísticos de Fez, entre eles algumas mesquitas, vários mercados, mausoléus, madraças, e a famosa produção de artigos de couro.
MADRAÇA BOU INANIA

Nossa primeira parada foi visitar uma madraça (escola corânica) construída entre 1351 e 1357, cujo minarete já havíamos fotografado inúmeras vezes do terraço do Hotel National, a madraça Bou Inania (al-Bu’inaniya em árabe), uma das escolas centenárias mais bem conservadas da medina de Fez.







E QUASE COMPRAMOS UMA LÁPIDE!
Na saída da madraça nos deparamos novamente com bélíssimas pedras brancas sendo esculpidas por alguns artesãos, decoradas com a inconfundível escrita árabe. A lojinha simples já havia nos chamado a atenção no dia anterior, mas apenas o Salim poderia tirar a dúvida sobre do que tais pedras se tratatavam: “São lápides! Existe um cemitério nos arredores.” E nós jurávamos que era alguma espécie de souvenir!


KASSR ANNOUJOUM (PALÁCIO DAS ESTRELAS)
Depois de caminharmos alguns minutos pelas ruas estreitas da medina, Salim nos levou ao Kassr Annoujoum (Palácio das Estrelas), um centro cultural instalado em um belíssimo riad que, aparentemente, além de receber hóspedes e promover eventos culturais, também funciona como restaurante.






CARPINTEIROS
Seguindo pelas ruelas e desviando de algumas vigas de madeira pelo caminho (a cidade é tão velha que algumas paredes precisam ser escoradas), nosso guia nos levou a uma carpintaria tradicional da região.

PANORÂMICA DA CIDADE
Paramos brevemente em um albergue – o qual o nome não me recordo – cujo terraço tinha uma vista privilegiada para toda a Velha Fez. A vista panorâmica é realmente espetacular e passamos ali algum tempo registrando as imagens abaixo.




UMA “OUTRA” PORTA
Tanto caminhamos que chegamos ao outro lado da cidade velha e nos deparamos com uma outra entrada oficial: Bab Sid L’Aouad. Em um souk nesta região deparamo-nos com todo tipo de produtos imagináveis à venda. Entre elas uma singela cabeça de tubarão!


PRAÇA SEFFARINE
Em seguida Salim nos levou a uma praça lotada de turistas. E onde há turistas, sobram vendedores e artigos de toda a sorte. A praça em questão era a movimentada Praça Seffarine, onde fica uma madraça de mesmo nome e que é cercada por todo tipo de loja de produtos regionais.




CHOUARA TANNERY (CURTUME)
Eis que chegamos a um dos pontos altos da viagem, a visita a um curtume. Assim que chegamos ao Chouara Tannery fomos presenteados com um ramo de hortelã. Ainda que parecesse estranho, sabíamos que tratava-se de um bom truque para amenizar o fedor absurdo exalado pela produção de artigos em couro.

Alguém lembra de “O Clone”?






ARTESANATO POR TODOS OS LADOS
Depois que saímos do curtume, Salim levou-nos a uma outra loja de artesanato, desta vez de tecidos. Além das peças de tecido cruas, havia infinitas opções de acessórios e algumas roupas tradicionais.

Tecidos ultracoloridos


Depois de umas duas horas e meia o passeio já estava para terminar. Passamos em frente à mesquita da Universidade Al Qaraouiyine, mas não pudemos entrar, pois é vedada a entrada de não-muçulmanos. Al Qaraouiyine é considerada a universidade mais antiga do mundo, segundo o Guiness, tendo sido fundada em 859 d.C, por uma mulher, Fatima al-Fihri. Possui uma das bibliotecas mais conhecidas e importantes para a história do islã por ter os primeiros manuscritos do Alcorão, informações sobre o profeta Maomé e outros livros científicos e médicos.
Seguimos pelo Complexo Nejjarine onde visitamos algumas outras lojas de artesanato em madeira e encerramos oficialmente o tour comprando algumas lembranças em uma loja de cosméticos artesanais cuja estrela maior eram aqueles produzidos com o famoso óleo de argan marroquino.



COMPATRIOTAS
Na volta do tour, comemos um kebab perto da saída da Porte Bleu com os portugueses e voltamos para o hotel. À noite, novamente buscando algo para comer, conhecemos um casal de brasileiros de Sorocaba, Júnior e Vivian. Comemos um sanduíche no Petite Sirene e depois de nos despedirmos na Porta Azul, voltamos para o hotel, já que no dia seguinte teríamos que ir bem cedo para Marrakech.
- Salim, o guia (no centro, de óculos), Sandra e Filipe, os tugas porreiros que conhecemos no tour
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Em breve, mais relatos e dicas sobre Marrakech!
Obrigado pela leitura e boas viagens!
Rodrigo Siqueira
Contato: superandarilho@outlook.com
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