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Viagem longa: você merece fazer uma

Passar vários meses ao ano viajando não é viável para a maioria dos mortais. Mas é algo que você pode fazer pelo menos uma vez na vida

Mulher viajante observa paisagem ao pôr do sol
Todo mundo merece passar mais de um mês viajando, longe de casa, colocando as ideias no lugar (iStock/iStock)

Oito anos atrás, quando fizemos uma grande viagem pela primeira vez, Cássio e eu achamos que aquela seria “a” aventura das nossas vidas. Foram 90 dias inesquecíveis, num roteiro meio destrambelhado pelo Sudeste Asiático com uma esticada na Nova Zelândia. Mas o efeito durou meses. Havíamos descoberto um universo totalmente novo (o Oriente) e, para nossa surpresa, a empreitada tinha sido muito mais fácil do que prevíamos, até do ponto de vista financeiro. A partir de então, quisemos repetir… repetir… repetir…. E eis que o hábito de viajar longamente acabou virando a peça fundamental do nosso estilo de vida.

Em certos momentos, uma viagem longa (de mais de dois meses, digamos) pode ser um pouco estressante e cansativa. Mas até mesmo as dificuldades do caminho têm um efeito colateral benéfico: o de fazê-lo mudar de foco e relativizar antigos problemas e aflições. Adoro meu cotidiano, mas colocá-lo de molho por alguns meses é extremamente saudável para a nossa “relação”.

Quando estou viajando longamente, é claro que bate um pouco de saudades da família e dos amigos. Mas, em geral, costumo pensar muito pouco no que ficou para trás. Em viagens mais curtas, acho muito difícil chegar a esse nível de desprendimento. Por essas e outras, passar alguns meses longe de casa, dos amigos e da famosa zona de conforto é algo muito libertador e estimulante.

Acho impressionante como esse distanciamento acaba fazendo aflorar insights (inclusive relacionados ao trabalho). De uma maneira natural, enquanto viajo vou traçando diretrizes mentais para os próximos meses e refletindo sobre várias questões. Ócio criativo? Veja só: não é à toa que o blog entra num modo mais reflexivo quando estou viajando. Com a cabeça voando, fica tão difícil falar de questões práticas que acabo deixando elas para depois.

Ter tempo, eis a outra óbvia vantagem de uma viagem longa – desde que você não se imponha um ritmo acelerado demais. Fazer as coisas com calma, muitas vezes deixando para amanhã o que você poderia fazer hoje, é um antídoto fabuloso contra a ansiedade, a grande doença do homo urbanus.

Passar vários meses ao ano viajando não é viável para a maioria dos mortais. Mas é algo que você pode fazer pelo menos alguma (s) vez (es) na vida. Não precisa tomar fôlego de dragão para dar a famosa volta ao mundo de um ano – eu mesma não me animo a fazer isso, por inúmeros motivos. Que tal aproveitar uma mudança de emprego para conseguir uns meses de folga? Que tal delegar um pouco mais o trabalho na sua empresa e esticar as férias? Acredite, essa ideia é muito mais plausível do que parece, especialmente se o roteiro focar em destinos baratos, como Sudeste Asiático, América Central, Sul da África. Viajando por aí, topamos com muita gente “como a gente” que também embarcou nessa. Basta você se organizar, relaxar e deixar a culpa de lado. Você merece.

Via Viagem & Turismo | Viagem longa: você merece fazer uma

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