
San Pedro de Atacama, segunda-feira, 30 de novembro de 2015 (7° dia de viagem).
SALAR DE TARA
O Salar de Tara, como a maioria dos sítios na região de San Pedro, tem paisagens praticamente alienígenas. Alguns minutos depois dos Monjes de la Pacana avista-se ao longe as formações conhecidas como Catedrales de Tara, uma cadeia rochosa erodida pelo clima extremo. Ao fundo, e quase como uma espécie de prêmio, aparece o majestoso Salar de Tara. É com essa vista magnífica que nos preparamos para um almoço improvisado.









PENSE NUM POVO ANIMADO
Arturo foi de longe o guia mais animado que tive no Atacama (“Gracias, Arturo!”). Com um ótimo gosto musical que ia desde o melhor do pop rock mundial a sucessos locais, ele conseguiu fazer com que o grupo se entrosasse de uma maneira muito espontânea.
Durante o almoço avistamos algumas vizcachas nas rochas e sempre éramos agraciados com visitas inesperadas de aves de várias espécies. Nesse tour, além de reencontrar a dupla Mary e Mariano, tive o prazer de conhecer Gisele, Roberta e Aline de São Paulo, além de duas amigas estrangeiras, Anna, da Inglaterra e Becky, dos Estados Unidos, ambas moradoras de Londres.



EM BUSCA DO PISCO PERDIDO
No retorno do Salar já estávamos tão entrosados que fazíamos coro nos sucessos internacionais do DJ Arturo: “Sweet Child O’ Mine” do Guns n’ Roses, “Zombie” do Cranberries e “Given to Fly” do Pearl Jam (as meninas de Sampa também tinham ido ao show!). Chegando a San Pedro, fomos todos para o Café Tierra para beber o tão falado pisco. Nascia a Pisco Team.
INVASÃO DO HOSTEL ALHEIO
Beber no Tierra estava ficando caro e o pessoal estava animado para fazer o Tour Astronômico. Fomos até uma agência e fomos informados que não haveria passeio aquele dia porque o céu estava nublado. “Beleza, então vamos continuar bebendo?!”
Invadimos o hostel da Aline e da Roberta, armados de garrafas de pisco, vodka e cerveja. A despedida do deserto estava me saindo melhor que a encomenda. Naturalmente, começamos a ficar mais barulhentos que o normal… Enquanto improvisávamos um som nos celulares, a conversa transcorria bem em “portunholish”. Foi bom desenferrujar o inglês com Becky e Anna. Mariano, além de me “exigir” um espanhol mais puxado, era o mais figura de todos.
Quando achávamos que seríamos expulsos a vassouradas por uma alemã doida, o brasileiro dono do hostel chegou e se juntou aos conterrâneos. Aí a festa se prolongou. Tanto que esquecemos de agendar o transfer para a manhã seguinte! Para chegar a Calama seria um pouco mais complicado… Mais estava tudo muito bem. Daríamos um jeito!
O hostel El Anexo é construído em adobe, na tradição de San Pedro e tem uma área externa, um quintal, muito aconchegante. Não cheguei a ficar hospedado, mas me pareceu uma opção interessante para a próxima visita. O resultado da noite? Todos bem bêbados e felizes voltando para “casa” depois da meia-noite e alguns perdendo o transporte do dia seguinte. Sem arrependimentos, diga-se de passagem!
San Pedro de Atacama, terça-feira, 1°de dezembro de 2015 (8° dia).
UM DESERTO ACOLHEDOR
Acordei com uma puta ressaca de pisco… Ao menos consegui despertar cedo, visto que tinha que descobrir um jeito de chegar até Calama a tempo de pegar o voo para Santiago. Karyn, ainda sonolenta, viu meu desespero e tentou entrar em contato com a empresa responsável pelo transfer. Abel acordou em seguida achando aquilo tudo muito engraçado. Certamente devia estar pensando “Brasileiro louco, encheu a cara ontem e ficou sem transporte…” (O que era a mais pura verdade!). Independente de qualquer coisa, todos sempre foram muito amáveis comigo. Peruanos…
Ninguém atendeu na empresa do transfer, mas Renzo, o recepcionista do outro hostel, estava indo para Calama resolver algumas coisas e me daria uma carona! Ô, sorte! Lá pelas 7h30 ele apareceu com Karina – que mal conseguiu escovar os dentes para não me atrasar – e pegamos a estrada para o aeroporto.
No trajeto bateu aquela leve “deprê” de despedida misturando-se com a felicidade de ter estado ali por uma semana e ainda a preocupação de perder o voo… Renzo escutava música no último volume e eu estava adorando. Muito Gustavo Cerati com sua Soda Stereo, uma e outra coisa pop e clássicos do rock internacional. A trilha sonora de despedida do deserto vai me acompanhar por um bom tempo…
A SORTE DO PRIMEIRO VOO PERDIDO
No aeroporto de Calama deu tudo certo. Encontrei com a dupla Mary e Mariano minutos antes do embarque e chegamos a Santiago tranquilamente com uma folga boa para comermos algo e papearmos sobre o deserto. Relaxamos tanto que, logo após nos despedirmos e eu me direcionar ao embarque, descobri que o voo havia sido fechado há exatos dez minutos! Resultado: teria que esperar mais três horas até o próximo voo… Mas como estava com o “bumbum para a lua”, em vez de fazer escala em São Paulo, eu iria direto para o Rio de Janeiro! Sorte ao quadrado!
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Obrigado pela leitura e boas viagens!
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