América do Sul, Colônia do Sacramento, Original Content, Uruguai

Colonia del Sacramento | Uruguai

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Farol de Colonia

Colonia del Sacramento, quinta-feira, 14 de agosto de 2014 (4° DIA).

O MELHOR PRESENTE


Em 2014 optei por passar o meu aniversário em um lugar diferente. Como a data coincidiria com a nossa estadia no Uruguai, eu tinha algumas opções: Montevidéu, Punta del Este, Colonia del Sacramento… No fim, acabamos em Colonia, mas o presente mesmo ganhei em Montevidéu. Por volta das 6h da manhã contemplei o nascer do sol mais espetacular dos últimos tempos!

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HERANÇA PORTUGUESA, HERANÇA ESPANHOLA


Depois de cerca de duas horas e meia de viagem, estávamos de volta à histórica Colonia del Sacramento. Fazia frio, a sensação térmica era de mais ou menos cinco graus e o dia estava com o céu limpo, sem uma nuvem sequer, o que deixaria as fotos ainda mais bonitas.

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Colonia del Sacramento, a cidade mais antiga do Uruguai, foi fundada por portugueses em 1680, mas passou para o domínio espanhol um século depois. Desde então, deu-se uma série de disputas e o resultado foi uma cidade tipicamente colonial com influências tanto portuguesas quanto espanholas. Devido à sua importância histórica, em 1995 a pequena cidade às margens do Rio da Prata foi declarada patrimônio mundial pela UNESCO.

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Caminhar pelas ruas de pedras de Colonia é como fazer uma viagem no tempo. Longe da agitação das grandes capitais (fica a apenas uma hora de barco de Buenos Aires e a duas horas de ônibus/carro de Montevidéu), Colonia é perfeita para quem deseja tranquilidade e descanso.


O MINI TOUR


Chegamos cedo a Colonia, por volta das 10h da manhã e, na entrada do bairro histórico, paramos em um centro de informações turísticas para conseguir alguns mapas. Coincidentemente, um grupo estava se formando para conhecer a cidade com o auxílio de uma guia e embarcamos nessa leva por 150 pesos.

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A guia era uma senhora de cinquenta e poucos anos, cujo nome não me lembro no momento, e falava em um espanhol muito rápido. Tão rápido que o passeio pelo centro histórico durou, no máximo, trinta minutos! Fazendo jus ao preço (cerca de R$ 15,00)… Lá pelas 11h30 já estávamos livres para perambular pela cidade sozinhos.

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BASÍLICA DEL SANTÍSSIMO SACRAMENTO


Um dos pontos interessantes que conseguimos conhecer mais detalhadamente durante o mini tour foi a Basílica del Santísimo Sacramento, primeira igreja fundada no Uruguai . Reformada em 1810, manteve a simplicidade da arquitetura portuguesa original.

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UM POVO CINÓFILO


Depois do fast tour”, fomos caminhar pela cidadela para rever os principais pontos turísticos com mais calma. No caminho, fizemos amizade com alguns dos muitos cachorros que habitam as ruas da cidade e a passamos pelo Aquário de Colonia, mas não chegamos a entrar. Passeamos pela orla do Rio da Prata até chegarmos ao charmoso cais com seus barcos ancorados. Depois de algumas fotos, seguimos pela costa registrando os prédios e carros antigos. É uma cidade para curtir sem pressa, o que pode torna-la monótona se você não é do tipo que se interessa por História.

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Algum tempo depois a fome já estava batendo e resolvemos comer alguma coisa no Freddo, finalmente (passamos os dias anteriores tentados a entrar em um, mas não o havíamos feito até aquele momento). “Para mim um café e um alfajor, por favor!”. De quebra ganhei uma bola de sorvete como cortesia! Era o mínimo, já que tudo custa o olho da cara!

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CALLE DE LOS SUSPIROS


Depois do segundo café do dia, voltamos à Calle de los Suspiros para fotos e uma exploração mais apurada. Muitas lendas rondam essa rua calçada com típicas pedras portuguesas. Segundo a guia, era por ela que chegavam os escravos trazidos da África, por isso os suspiros: de sofrimento. Outra versão diz que por ali passavam os condenados à morte para serem fuzilados às margens do Rio da Prata. Já outra versão curiosa atribui o nome a suspiros de prazer, uma vez que a rua pode ter sido uma típica localidade de prostituição. Seja qual for a versão verdadeira – inclusive todas as versões simultaneamente – uma vez em Colonia, não deixe de conhecer a Calle de los Suspiros!

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FARO DE COLONIA


Perto da Calle de los Suspiros encontra-se o Faro de Colonia. Pelo preço simbólico de 20 pesos (cerca de R$ 2,00), podemos subir até o topo do farol, que começou a ser construído em 1855 sobre as ruínas do convento de São Francisco Xavier, e contemplar uma vista de 360° do centro histórico. Vale muito a pena!

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BASTIÓN DE SAN MIGUEL


O Bastión de San Miguel é o que resta hoje de uma grande muralha construída em 1745 pelos portugueses. Com o intuito de proteger estrategicamente a cidade de ataques estrangeiros provenientes do Rio da Prata, a ruína possui ainda hoje canhões de guerra muito bem conservados. Seguindo por essa muralha, voltamos à entrada do bairro histórico, o Portón de Campo.

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A DEPRESSÃO URUGUAIA


Em Colonia del Sacramento, talvez por ser uma cidade histórica, parece que a vida segue em um ritmo próprio, lento, arrastado. Eu sentia uma introspecção melancólica no ar, creio que a Ingrid também, mas ninguém foi mais afetado por essa vibe do que o Auli. Depois de algumas horas em Colonia ele passou a sofrer de um mal que apelidamos carinhosamente de “A Depressão Uruguaia” (risos) que nos acompanhou durante quase toda a estadia.

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PORTÓN DE CAMPO


O Portón de Campo (Puerta de Campo/Puerta de la Ciudadela) é a entrada para o bairro histórico e um dos cartões postais de Colonia. Construído em 1745, ainda sob domínio português, o monumento já passou por inúmeras reformas, assim como as ruínas da muralha em seu entorno e a ponte levadiça. Devido ao seu valor histórico – e a própria localização – o Portón de Campo é uma das atrações imperdíveis de Colonia del Sacramento.

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ANJO PRETO


Depois de passarmos a manhã perambulando pelo centro histórico, tínhamos que encontrar um lugar para o meu almoço de aniversário. Nos arredores da Plaza Mayor, perto da Basílica del Santísimo Sacramento, encontramos um simpático restaurante chamado Anjo Preto. O restaurante é simples, mas bem elegante e o mais importante: com wi-fi e preços acessíveis! No cardápio constava desde parrillas até massas e acabei optando pela última. Recomendo! Mas existem muitas outras opções (para todos os bolsos) nos arredores.

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DE VOLTA AO CAIS


Depois de um cafezinho pós-almoço, retornamos ao cais para mais uma sessão de fotos. Tanto eu quanto a Ingrid tiramos fotos de tudo, desde os barquinhos até os cachorros que às vezes nos seguiam… Já o Auli achava aquilo um saco (risos) e por diversas vezes brincamos que venderíamos as nossas fotos para ele já que ele não tirava nenhuma.

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“SO SOON?”


Em Colonia nos limitamos ao centro histórico, não chegamos a conhecer tudo. Assim que saímos da rodoviária da cidade, damos de cara com algumas empresas de aluguel de carros e quadriciclos, mas não queríamos gastar grana com isso (cerca de US$ 50,00 por pessoa) o que nos limitou até onde pudéssemos andar… Quem tiver mais tempo, grana e disposição pode alugar um desses veículos para conhecer as praias e outras construções históricas mais distantes, como a Plaza de Toros.


OS ÔNIBUS


Voltamos para a rodoviária por volta das 16h e ainda tivemos que esperar até às 17h para pegar o próximo ônibus. Pegamos o ônibus intermunicipal da empresa COT e não nos arrependemos. Além do wi-fi gratuito durante todo o caminho, a frota é bem confortável e com preços justos. Uma curiosidade: Parece que rola um overbooking nos ônibus intermunicipais no Uruguai. Durante o trajeto de volta, várias pessoas viajavam em pé e o ônibus ficou lotado…

E assim, por volta das 19h30 já estávamos de volta à gélida noite de Montevidéu…


O BLUZZ


Descemos pela Calle Soriano e tentamos pela primeira vez, sem sucesso, entrar no Baar Fun Fun, que já estava lotado. Era o que eu tinha programado para a noite do meu aniversário, assistir a uma apresentação de tango e candombe, o que nunca aconteceu. Continuamos mais um pouco e fomos parar em um lugar chamado Bluzz Bar, também nos arredores do Teatro Solís. A primeira vista estava bem animado, cheio e com música alta. Foi o tempo de entrarmos, pedirmos uma cerveja e em alguns minutos houve uma debandada quase geral. Nos conformamos com a situação e decidimos orbitar novamente pela Bartolomé Mitre.


THE SHANNON


Não queríamos nos render novamente ao Pony Pisador, então, dessa vez, resolvemos beber alguma coisa no pub vizinho, o The Shannon. O som estava animado e resolvemos entrar, mas antes mesmo de conseguirmos uma mesa nos demos conta que quem estava cantando era o mesmo duo do Pony, o Dos Guitarras!! Putz! Não teve como escapar! Beleza, os caras mandavam bem… Encaramos mais um set de música brasileira – incluindo o “mega hit” Menina Veneno, que causou alvoroço em grupo de pelo menos uns dez brasileiros em frente ao palco – e depois de uns drinks a mais resolvemos que era hora de se entregar a Morfeu.

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Montevidéu, sexta-feira, 15 de agosto de 2014 (5° dia).

CORRIDA NA RAMBLA


E a tão aguardada sexta-feira em Montevidéu chegou sem a animação esperada. Acordamos tarde nesse dia e o Auli ainda estava com sintomas leves da “Depressão Uruguaia” adquirida em Colonia del Sacramento (risos). Eu e Ingrid resolvemos dar um fim ao sedentarismo e fomos correr na rambla gelada. É incrível como o vento consegue diminuir a sensação térmica dos lugares. Em pleno sol do meio-dia, precisamos de uns quinze minutos correndo para nos sentir “levemente” aquecidos… Alternamos caminhada e corrida por mais ou menos uma hora e encontramos o Auli na 18 de Julio para fazer câmbio e irmos ao mercado novamente.


SEXTA-FEIRA EM MONTEVIDÉU


Depois do mercado, voltamos para a casa e resolvemos não fazer nada até a noite, quando decidiríamos o destino da primeira “sexta sem lei” da viagem. Depois de tentar entrar mais uma vez no Baar Fun Fun, acabamos no The Shannon novamente, mas estava chato e partimos para um inferninho nos cafundós de Montevidéu onde dançamos cúmbia até às 5h da manhã…

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Em breve, mais relatos sobre o Uruguai!

Obrigado pela leitura e boas viagens!

A seguir: El Prado | Montevidéu, Uruguai

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