“É TÓIS!”
A Copa do Mundo FIFA de 2014 acabara há mais ou menos um mês. A seleção brasileira – como seria impossível de esquecer – havia sido humilhada pela seleção alemã (perdendo de 7 a 1) e estava fora da disputa. Os alemães, por sua vez, depois de esbanjarem simpatia, carisma e profissionalismo em sua estadia no Brasil, ganharam a taça em cima da seleção argentina, que acabou por amargar o segundo lugar. Já a seleção uruguaia deixou o mundial precocemente, logo após o episódio da mordida de Luis Suárez em um jogador italiano. Eu, que não me considero um entusiasta do futebol, tive que reconhecer mais uma vez que o esporte consegue abalar as estruturas de um país, principalmente durante o mundial. E nesse clima futebolístico, após a invasão argentina para assistir à final no estádio do Maracanã, era a hora de partirmos em direção ao sul a fim de conhecer as terras dos “hermanos”.
TICKET PARA O FIM DO MUNDO
Conhecer as nações do Rio da Prata não exige uma preparação muito elaborada. Não precisamos de vacina e nem precisamos nos preocupar com a altitude (graças a Deus!). E sequer precisamos de passaporte, bastando apenas um documento de identificação válido, uma vez que ambos os países fazem parte do Mercosul. Mas, como viajaríamos no inverno, tivemos que nos atentar ao vestuário, principalmente porque o roteiro incluía Ushuaia, na Patagônia Argentina, como destino final. Pensando que talvez encarássemos temperaturas perto de zero grau, tratei de adquirir um conjunto de segunda pele e tirei do guarda-roupa todo o meu vestuário de frio. Para curtirmos sem contratempos o “Fim do Mundo”, como é conhecida a cidade de Ushuaia – considerada a cidade mais austral do mundo – precisaríamos ainda de roupas e calçados impermeáveis. Por sorte, não precisamos carregar tudo do Brasil, pois a cidade conta com inúmeras lojas especializadas em aluguel e venda de roupas e equipamentos para neve.
PELO AR, PELA TERRA, PELA ÁGUA
Em comparação com a minha viagem anterior (para o Peru, em 2013), os voos seriam muito mais calmos, curtos e, o mais importante, sem escalas! (pelo menos na ida) Mas a estadia seria mais longa, o que exigia um esforço maior para nos adequar ao custo-benefício de cada lugar. Chegaríamos pelo Aeroparque Internacional Jorge Newbery, no coração da cidade de Buenos Aires. Já a viagem de volta sairia do Aeroporto Internacional Malvinas Argentinas , em Ushuaia, direto para o Aeroparque Jorge Newbery, mas o voo para o Brasil partiria do Aeroporto Internacional de Ezeiza (Ministro Pistarini), o que exigiria uma atenção maior, visto que este fica a alguns quilômetros do centro, sendo acessado por uma via expressa. Todos os voos foram feitos pela Aerolíneas Argentinas. Em vez de ir direto para Montevidéu de avião, optamos por fazer o trajeto Buenos Aires – Colonia del Sacramento, de ferry boat pelo imenso Rio da Prata, e de lá para Montevidéu de ônibus, pois o custo seria menor. Na verdade esperávamos desembarcar diretamente em Montevidéu, mas tivemos que fazer parte do caminho por terra. Existem três empresas que fazem esse trajeto: Buquebus, Seacat e Colonia Express. Depois de ponderarmos sobre o preço e as datas e horários disponíveis em cada companhia, optamos por irmos de Colonia Express, comprando o ticket alguns meses antes. A viagem de barco é bem tranquila e até Colonia del Sacramento dura um pouco mais de duas horas, mesmo tempo que levamos de ônibus até Montevidéu, a primeira estação.
A CARAVANA
Nas férias de 2014 perdi um dos meus companheiros de estrada, o Fabricio, que vai se casar em breve e não pôde embarcar em outra trip pela América do Sul… Para compensar, arrumei não um, mas dois loucos aventureiros como companhia! Auli e Ingrid também trabalhavam comigo e arranjamos de tirar as férias no mesmo período (outro inverno, claro!) e assim a caravana foi aumentando!
RESUMO DO ROTEIRO
Destinos: Uruguai e Argentina
Meios de Transporte: Avião, barco e ônibus
Quilometragem: 8.688 km de avião + 406 km de barco + 706 km de ônibus
Período: 11/08 – 31/08/2014
A viagem duraria ao todo vinte e um dias: uma semana no Uruguai e duas em terras argentinas. O “acampamento base” no Uruguai foi a capital, Montevidéu. De lá fizemos viagens curtas “bate e volta” para Colonia del Sacramento e Punta del Este. O roteiro incluía também uma visita a Pueblo Garzon, famoso pela culinária, mas acabou ficando fora do orçamento e deixamos para uma próxima oportunidade.
Na Argentina reservaríamos uma semana para conhecer a capital, Buenos Aires, passando um dia no zoológico de Luján, e mais seis dias na neve de Ushuaia, na província da Terra do Fogo.
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Em breve, mais relatos sobre o Uruguai e a Argentina!
Obrigado pela leitura e boas viagens!
A seguir: A Chegada | Montevidéu, Uruguai